Há dez anos, no dia 30 de junho, partia
para o mundo espiritual o médium espírita Francisco Cândido Xavier. Com a
idade de 92 anos, dos quais 75 anos dedicados a tarefas espíritas,
Chico Xavier completou uma existência de dedicação ao bem.
Nas duas cidades em que residiu fundou
centros espíritas e empreendeu inúmeras tarefas de assistência à
população carente e ao diuturno atendimento espiritual às pessoas que o
procuravam sedentas de consolo, esclarecimento e orientação espiritual,
inclusive, milhares de famílias, carregando a dor da perda de
familiares, dando origem às chamadas cartas familiares e centenas delas
foram agrupadas em livros.
Pela sua psicografia -, Chico Xavier foi
intermediário para a elaboração de 450 livros, sendo autores ou
co-autores milhares de espíritos. Neste mês de julho transcorrem
efemérides significativas relacionadas com a vida de Chico Xavier e com a
história do Espiritismo. No dia 8 de julho completa-se os 85 anos da
primeira psicografia do então jovem médium, pois contava apenas 17 anos
de idade. No mesmo mês, transcorrem aniversários de lançamentos de duas
importantes obras psicográficas: 80 anos da obra inaugural “Parnaso de
Além Túmulo” e 70 anos do romance histórico “Paulo e Estêvão”. Este seu
primeiro livro, poemas de conhecidos autores portugueses e brasileiros,
suscitou manifestações favoráveis de membros da Academia Brasileira de
Letras e da imprensa da época. O Conselho Espírita Internacional tem
editado livros mediúnicos de Chico Xavier em sete idiomas.
A Federação Espírita Brasileira tem
promovido o seminário alusivo à sua obra prima: “Os trabalhadores
espíritas e os primeiros cristãos, à luz da obra Paulo e Estêvão“, pelo país e em sua sede.
A vida e obra de Chico Xavier tem sido
transformada em filmes e uma nova película será lançada no dia 31 de
agosto, em cinemas de todo o Brasil: “E A Vida Continua…” É baseado no
livro de mesmo título, de autoria do Espírito André Luiz. Aliás, o
livro citado já foi adaptado para novela – “A Viagem”, exibida duas
vezes, pela antiga TV Tupi e pela TV Globo.
Chico Xavier, mesmo com toda a projeção
de sua mediunidade e de sua obra, sempre se manteve simples, humilde,
atencioso e desprendido. No ano de 1977, quando se comemorava os 50 anos
de seus labores mediúnicos ele declarou em uma das entrevistas: “Sou
sempre um Chico Xavier lutando para criar um Chico Xavier renovado em
Jesus e, pelo que vejo, está muito longe de aparecer como espero e
preciso…” (Perri de Carvalho, Chico Xavier – O homem e a obra. São Paulo: Ed. USE, 1997).
Uma década após sua desencarnação Chico
Xavier é uma referência nacional, como exemplo de dedicação ao
esclarecimento espiritual, ao bem e à paz.
Antonio Cesar Perri de Carvalho – Vice-presidente da Federação Espírita Brasileira no exercício interino da presidência.
Que saudades do nosso querido Chico, passou muito rápido.
ResponderExcluirAbraços